Quem acompanhou a votação de ontem (quarta feira, 22.03.16)
na Câmara ficou mais uma diante de um espetáculo dantesco, um circo de horrores
e mentiras promovido pelos defensores do projeto do governo Temer. Os deputados
a direita repetiram acusações ao PT tentando inverter a situação. Não assumem
que são eles que estão levando o país para o buraco.
Os partidos de esquerda resistiram bravamente, mas já estava tudo combinado com o governo ilegítimo de Temer.
Muito embora a situação seja diferente, os Deputados que
votaram a favor do Golpe agora querem privatizar tudo. Continuam mantendo a
farsa e tratam o povo brasileiro como um bando de ignorantes sem capacidade de
discernimento. Fazem do carrasco um bondoso presente para quem vai ser
decapitado.
Com o maior cinismo eles dizem que ao privatizar todas as
atividades estarão garantindo mais empregos, quando na verdade é justamente o
inverso. No Governo de FHC foi aprovada a lei que permite a terceirização e na
época, pressionado pela opinião pública, retirou as funções fins e deixou de
fora alguns setores estratégicos do texto. Agora querem impor novamente a
amplitude da lei. Se já era ruim, ficou pior.
Está totalmente enganado quem acreditar nas mentiras da
direita. A rotatividade no mercado de trabalho se torna uma constante. O trabalhador
é demitido depois de algum tempo e quando consegue outro emprego o salário é
reduzido drasticamente. Essa realidade já ocorre de 1988 com FHC que acelerou a mania de privatizar tudo.
Destruir direitos dos trabalhadores que faz parte do projeto do PSDB.
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira,
22, projeto de lei de 19 anos atrás, que permite terceirização irrestrita em
empresas privadas e no serviço público. A proposta também amplia a permissão
para contratação de trabalhadores temporários, dos atuais três meses para até
nove meses, renováveis por mais três.
A Câmara não pôde incluir no momento inovações ainda mais
desastrosas no texto. Isso porque a proposta, de 1998, já tinha passado uma vez
pela Casa, em 2000, e pelo Senado, em 2002. Os deputados fingindo uma manobra
regimental, na verdade iniciam a reforma trabalhista com a extinção de
direitos. Com isso, deputados só puderam escolher se mantinham integral ou
parcialmente o texto aprovado pelo Senado ou se retomavam, integral ou
parcialmente, a redação da Câmara.
Mais uma vez os trabalhadores entraram de gaiatos, pelo cano,
empurrados pelos parlamentares que se elegeram com votos de quem prejudicam
agora e ainda fazem cinicamente discursos mentirosos. Carimbam o povo
brasileiro de ignorantes que não conseguem entender e como ovelhas que aceitam
sem chiar.
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