segunda-feira, 31 de outubro de 2016

GLOBO SE ASSOCIA AO AGRONEGÓCIO FINANCIANDO LAVAGEM CEREBRAL PUBLICITARIA. FIM DA NOSSA AMAZÔNIA.

O que se pode ver ao ligar a TV nos canais abertos é uma vergonha, principalmente na rede Globo que se associou ao agronegócio para acabar com a soberania nacional sobre a Amazônia e decretar a morte da agricultura familiar. É uma produção publicitária de alto nível. Como eles fizeram na época da eleição de Collor, agora dizem: “Agro é Tech, a Globo é Tech”.

Muita gente fica sem entender o que a propaganda, com cunho de Lavagem Cerebral, quer dizer de fato com “A Globo é Tech”. Eles falam do Agronegócio como uma das maravilhas do mundo, no entanto, se furtam em dizer que são empresas que fomentam o controle alimentar por meio industrial, no mundo, sem a menor preocupação com a economia do país ou a saúde do povo.
São dois projetos importantes para a bancada ruralista, golpistas, financiados pelo capital estrangeiro. Um dos pontos a ser atacado é a iniciativa de desenvolvimento dos governos petistas ao financiar quem realmente trabalha na terra, o outro, é ceder nossas riquezas contidas no maior pulmão do mundo para exploração internacional.

AGRONEGÓCIO QUER TERRAS BRASILEIRAS COMPRADAS POR ESTRANGEIROS.

A base de uma estrutura organizada de um país que se desenvolve é a agricultura familiar que gera lucros diretos para os trabalhadores que realmente cultivam o solo e produzem alimentos mais baratos. O Agronegócio é semelhante ao antigo Latifúndio, onde os ricos exploravam os pobres. Mas a preocupação se torna maior com a decisão da bancada ruralista de defender no congresso o fim da integridade da Amazônia a tornando território de ninguém.
Esse projeto está apenas sendo retomado, ele surgiu na campanha de José Serra quando foi derrotado por Lula. O então candidato Tucano (PSDB) negou constrangido que estivesse querendo vender a Amazônia. Eles pretendiam permitir que estrangeiros comprassem terras em abundancia dentro do nosso país sem a necessidade de respeitar a conservação da floresta. Mas o fato é que o projeto era autentico e existia e volta a ser discutido no congresso.

Embora o assunto ainda esteja sendo mantido apenas no âmbito da bancada Ruralista e nas propagandas da Rede Globo, a nossa preocupação deve começar a se tornar real. Vamos ficar atentos. Vamos defender o território nacional, e isso nada tem a ver com gostar ou odiar o PT.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ALÉM DO GRANDE CARISMA, LULA MOSTROU QUE MERECE A CONFIANÇA DO POVO BRASILEIRO.

Nesse momento em que o companheiro sofre uma perseguição insana por parte dos Fascistas que dominam a Lava Jato, fica a nossa gratidão pela competência com que ele conduziu o Governo Brasileiro por 8 anos. Quem é esse homem que ganhou o respeito internacional e alavancou o nosso país no mundo, mesmo lidando com Congressos composto por vendedores de voto.

Nordestino de pensamento lógico e aprimorado não precisou de um diploma universitário para governar, precisou apenas de ideias e muito estudo sobre a situação Brasil e da concepção de uma política internacional atualizada. Ao falar maneira muito clara, Lula consegue transmitir uma proposta e convencer. Sempre foi assim. Na fundação do Partido dos Trabalhadores e na da Central Unica dos Trabalhadores.
Acompanho a trajetória do companheiro Lula desde o inicio. Muitas vezes nossas propostas nas convenções do partido ou da CUT divergiram, mas reconheço que nunca foi fácil demolir os argumentos soldos que ele construía. Assim ele governou o Brasil discursando diretamente para o povo, que mesmo algumas vezes sem perceber a revolução social dos governos do PT, estava habitando um novo Brasil.

A integridade do companheiro e ex-presidente é inabalável. A sua vida está fortemente alicerçada sobre pilares de um estadista moderno e competente. Parabéns companheiro, Luiz Inácio Lula da Silva. A sua luta é nossa.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

INICIADO O JOGO DA ANTROPOFAGIA POLÍTICA NO PODER - PSDB X PMDB.

Como todos já perceberam o obvio, a “LAVA JATO” nada mais é do que uma célula do PSDB, assim como o Judiciário. Ela foi criada para atender aos objetivos de um partido que perdeu quatro eleições seguidas, mesmo sob o patrocínio da Rede Globo. Assim eles começam agora o jogo previsto da Antropofagia do poder onde o PMDB se tornou caça. Bem merecido, como sempre sem qualquer respeito a uma suposta ética das quadrilhas políticas.

Eles precisavam do PMDB e dos nanicos para configurar a perseguição ao PT, perpetrar o golpe contra a nossa democracia e destruir as conquistas sociais. O exemplo mais próximo é a PEC da morte, a famosa e odiada 241. Depois, nas próximas eleições, o PSDB vai posar de pobre coitado e fazer discursos contra a aprovação dela. Tentar iludir o povo que não acompanha esse absurdo no congresso, com a qualidade Globo Digital.
Claro que ninguém lamenta o que acontece com Temer ou com os congressistas do PMDB, eles merecem mesmo a cadeia, no entanto, estamos diante de um partido sinistro, o PSDB, que não conhece limites para chegar ao poder. Na verdade, podemos nomeá-lo de quadrilha, máfia, que não respeitam nem os parceiros no crime.
Mesmo os mais desnorteados que ainda não conseguiram enxergar o Golpe de Estado já se perguntam como a Lava Jato não chega a qualquer parlamentar do PSDB. E se chega, passa batida nas investigações seletivas do Sergio Moro, alega falta de provas mesmo os delatores, cagoetes, apresentado documentos. Além do PT, no momento eles também pretendem destruir os próprios aliados do PMDB, evitar concorrências futuras.
Agora todos já percebem que Eduardo Cunha não foi apenas um fascinara útil ao PSDB, e sim o partido do PMDB inteiro funcionou como “Boi de Piranha”, não se esqueçam do Judiciário que foi e continua sendo outro boneco de ventríloquo.
Se eles obtiverem êxito nos seus planos sórdidos, em breve só o PSDB será o único partido que não foi destruído e seus parlamentares presos. Serão inocentes defensores de uma democracia infiel e mentirosa. Dominarão o Estado finalizando de uma vez por todas com os direitos do cidadão. Não haverá mais a independência dos poderes, não haverá garantias individuais e coletivas e a justiça não precisará de provas, apenas convicção.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

GUERRILHA SEM FUZIS NO BRASIL É UMA REALIDADE CONTRA O GOLPE. VIVA A JUVENTUDE!

A nova face do guerrilheiro brasileiro começa a ser definida no movimento estudantil, nas redes sociais e no posicionamento dos intelectuais diante do Golpe. Estamos vivendo uma guerra interna, uma nova ditadura da elite conservadora. Muito diferente do que ocorreu na Ditadura Militar, onde por muito tempo as atrocidades não conseguiam divulgação no universo internacional.

O mundo mudou e as maneiras de combate também, mesmo assim é uma guerra com tiros pelas costas e bombardeios. Logo teremos também os nossos refugiados. Estão massacrando o povo com ataques sistemáticos do congresso mais medíocre de nossa história.
Nossas fronteiras são frágeis e a estagnação do país, é prevista por eles na PEC 241, para 20 anos sem qualquer avanço social, só retrocessos, são bombas devastadoras no desenvolvimento. Seremos estátuas como na brincadeira infantil. Ficaremos imóveis? Obedecemos ou nos rebelamos?
Os que não aceitam a ordem não se calam, nem adiantará o Ministério da Ignorância (Educação) determinar a deleção mesquinha do MEC dos que participam dessas batalhas cotidianas, dos que ocupam universidades, fazem greve e escrevem com ardor seus artigos nas redes sociais. Não nos acovardaremos.
Em muito pouco estamos diferentes da mesma situação dos países no Oriente Médio, da Síria, Iraque e tantos outros. Lá, o povo morre soterrado pelos edifícios bombardeados, aqui, o povo morrerá na miséria depois de experimentar o conforto proporcionado pelos Governos do PT.

A elite é um inimigo visível, não haverá perdão e assim, estaremos atirando contra eles sem dó nem piedade. Viva a revolução brasileira de 2016. #FORA TEMER e todos os golpistas.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

A MÍDIA DE HOJE É UM ARREMEDO VERGONHOSO. NO ENTANTO JÁ EXISTIU UMA IMPRENSA DE VERDADE.

O silencio sobre as invasões estudantis nos noticiários é uma afronta a inteligencia dos brasileiros. É lamentável não termos uma imprensa decente.
O preço para manter uma imprensa livre é muito alto. Não se sustenta. Fica quase sempre impossível sobrepor o controle capitalista. Um jornal, uma TV, uma emissora de rádio, tudo é financiado pelos donos do dinheiro, os empresários golpistas, que investem em propaganda. Sem elas, não há como pagar salários, comprar papel e todas as outras despesas inerentes ao processo. Os clientes não podem ser contrariados.
Por isso precisamos relembrar a história. No Brasil já existiu uma imprensa de qualidade, embora, a ditadura militar e os governos subsequentes fizeram questão de falir. Sem medo de ser feliz, posso contar a minha experiência, ou parte dela para não me tornar cansativo.
Durante o rigor da ditadura militar, em meados de outubro de 1969 a Tribuna da Bahia foi definitivamente para as ruas, uma sensação jornalística por vários motivos, inclusive por ser o primeiro jornal impresso em OFSETE. Transformou-se num marco político e de compreensão ideológica muito grande para mim.
Nessa época, o jornal que representava a esquerda na Bahia, era o Jornal da Bahia que sofria com o bloqueio econômico imposto pela ditadura e do governo do estado da Bahia, na época o famigerado Antonio Carlos Magalhães, já falecido (ACM).
Até hoje eu ainda não posso definir a postura ideológica do homem que fundou a Tribuna da Bahia Um empresário que nada sabia de jornal, mas possuía uma visão justa. Ele foi corajoso, isso ninguém poderia negar. Contratou como Editor Chefe, o melhor que poderia ser localizado no mercado. Quintino de Carvalho, um jornalista idealista, declaradamente de esquerda, torturado e quase morto por Getúlio Vargas, vindo do Jornal do Brasil no Rio de Janeiro. Ele implantou na Bahia a imprensa democrática e ideológica.
Sendo eu um jovem com 17 anos, cheio de adrenalina me impulsionando para o combata ao regime militar, trabalhar como repórter na Tribuna da Bahia me ensinou a ter a visão ampliada para suportar as diferenças ideológicas. Ali, encontrei um celeiro de ideias revolucionárias e ao mesmo tempo outras mais contidas e até mesmo burguesas, embora, nunca reacionárias.
Para que todos os que não viveram essas experiências possam entender melhor as situações que vou narrar, me sinto obrigado ao esclarecimento do que aquele momento significava para a imprensa e para nós, os militantes Socialista ou Comunista.
Em todo o Brasil, a ditadura Militar começava a matar com mais frequência os militantes, ou supostos militantes, de esquerda. A tortura como método de eliminação, estava penetrando no seu grande momento, no auge. Era o terror legalizado pelo governo inconveniente da Ditadura Militar.
Muitos que foram presos, torturados ou mortos, nunca nem passaram por perto de um compromisso ideológico. Alguns nem sabiam o motivo de tudo aquilo. Sem saber, os Militares estavam criando alguns heróis que apenas acreditavam na liberdade de pensamentos, queriam ser honestos ou até mesmo estavam no local errado, na hora errada ou conheciam pessoas erradas.
Alguns militares, ignorantes e violentos, pareciam ansiar e até mesmo sofrer com a necessidade de se tornarem vilões históricos. Inventavam inimigos. Para que sejamos justos, frisamos que havia militares de esquerda e outros que apenas se mantinham quietos por conta de uma disciplina interna.
A imprensa foi amordaçada, na Bahia e no Brasil, nem foi necessário muito esforço, os jornais era todos favoráveis ao Regime Militar. A Tribuna da Bahia e o Jornal da Bahia, de maneira inesperada e surpreendente, foram vozes discordantes. Sofreram, mas resistiram.
Atualmente não possuímos mais nenhum jornal ou emissora de TV, ou rádio, que seja livre do domínio oligárquico da direita. As concessões foram distribuídas, e continuam assim, nas mãos dos velhos e conhecidos “coronés”. Mas vale a pena saber que um dia tudo foi diferente. Por isso, somos obrigados a amargar a manipulação das informações de maneira covarde impetrada pela elite que não gosta que o povo pense por conta própria.
Entre os inúmeros episódios que presenciei trabalhando na Tribuna da Bahia, cito um que foi para mim um símbolo do autoritarismo e crueldade dessa mesma direita que hoje está no poder depois do Golpe de Estado de 2016.
O Editor Chefe, Quintino, me pediu para ser cobertura na fuga de um casal de jornalistas. Eles não poderiam mais ficar em Salvador ou seriam presos e mortos pela policia federal. Estavam precisando da ajuda de uma pessoa que não despertasse suspeitas e eu seria perfeito. Com cara de menino, sem qualquer envolvimento político aparente, passaria fácil pelos olheiros.
- Eles sabem para onde você deve levá-los! - Disse Quintino com ar preocupado. – Não tente fazer mais do que isso! – ele bateu em meu ombro e sorriu. – Já é muito!
Eu me sentia um verdadeiro guerrilheiro ajudando na fuga desse casal.
Uma semana depois, soubemos que o jornalista que trabalhava no Jornal da Bahia, um paulista muito culto e preparado, havia sido preso no meio da rua ainda em Salvador. Sua mulher, outra jornalista, também havia sido presa, torturada e solta. Ela estava grávida e sofrera muito nos dois dias de agonia que viveu na Policia Federal. Soube dos detalhes depois, eu a conhecia muito bem.
O marido desaparecera. Na policia fingiam que ele nem existia. Com a intromissão de Quintino, ela ficou sabendo que ele havia sido levado para Recife. Foram mais de cinco anos de angustia até ter certeza do paradeiro dele e receber um atestado de óbito. Ele foi um dos presos jogados de um avião em alto mar.

domingo, 23 de outubro de 2016

COM GOLPE TRAIÇOEIRO, TEMER INCOMPETENTE E RIDÍCULO, BATEU A CARTEIRA DOS BRASILEIROS.


Como se fosse um meliante mal treinado e incompetente, Temer com Golpe bateu a carteira da nação dando um esbarrão na democracia que foi ao chão. Agora, os brasileiros terão de sofrer todas as consequências para se livrar dessa ocorrência que a história não perdoará.
A demolição dos avanços no Brasil prospera com os tratores insanos, a todo vapor no congresso.

Não foi por falta de aviso da militância que a traição de Temer aprofundou a crise no Brasil. Nunca foi fácil engolir a aliança com o PMDB. Desde 2013, diversos analistas políticos e pessoas atentas já pressentiam que a direita estava se armando para um Golpe sórdido. O Partido dos Trabalhadores, imbuído em manter a governabilidade duvidou ou acreditava por necessidade nas mentiras do PMDB.

GOVERNABILIDADE


Foi necessário recuar um passo para avançar dois, como diria Lenin.
As bases aliadas eram uma falácia com data de validade vencida. Mesmo assim havia necessidade de tê-los agraciados com ministérios e outros cargos para dar continuidade ao projeto de desenvolvimento e revitalização do Brasil. Muita gente nem imagina que um congresso obscuro e medíocre faz mais estragos do que um presidente. Votar num deputado ou senador é a escolha do país que realmente teremos. Sem o voto deles, nem papel higiênico pode ser comprado.

Por outro lado, a direita manipulava na mídia as mentiras espalhafatosas para criar um clima favorável ao Golpe. Eles se sentiram fortalecidos depois que o resultado das eleições no congresso revelou o pior conjunto de deputados já eleito, de todos os tempos, medíocres e gananciosos. Os “senhores feudais” de nossa política estão acostumados com o circulo vicioso das propinas e por isso ficou fácil envolve-los.
Muita gente elogiou discretamente a principio, a ação do Ministério Público, empreendendo investigações que faziam crer dar um basta na corrupção. O que foi constatado em pouco tempo não fez durar essa crença. Era uma caçada ao PT. O objetivo da investigação tinha cunho seletivo. Destruir a força da esquerda e consequentemente o seu principal partido.
Agora, não vamos ficar lamentando e sim continuar na luta com todas as forças. Até 2018 precisamos agir com muita mobilização em todos os seguimentos. Reativar a disposição para brigar da classe trabalhadora se torna imprescindível assim como está acontecendo elogiosamente com a renovação de lideranças no meio estudantil.
Os partidos e intelectuais de esquerda precisam se manifestar mais. Escrever e publicar na imprensa livre as suas visões sobre a situação devastadora que estamos vivenciando, principalmente com a aprovação da PEC 241. Só assim, chegaremos inteiros nas próximas eleições, com a possibilidade de mudar esse rumo nefasto que o Brasil tomou.

sábado, 22 de outubro de 2016

GOLPE DESLANCHA A DESORDEM E A FALTA DE PROGRESSO. TEMER É UM FRACASSO TOTAL.

Não se pode afirmar que Michel Temer seja realmente um fracasso pegando o ponto de vista dos que financiaram o Golpe. A incompetência é sentida apenas pelo povo. O caos que o Brasil mergulhou depois do Golpe de Estado, se tornava necessário para impedir o desenvolvimento do país e ameaçar os investidores estrangeiros que não sobrevivem sem a exploração das nações.

Descaradamente, o governo golpista está aplicando nas suas propagandas, a frase da bandeira nacional “Ordem e Progresso”, quando na verdade poderiam mudar para “Desordem e Retrocesso”.
A frase na bandeira brasileira é uma herança maldita do pensamento dominante de uma elite que sempre pretendeu controlar o povo nos seus currais eleitorais. Se a faixa fosse limpa, em branco, a bandeira seria mais elegante. Os dizeres representam um pensamento “Fascista” onde o Estado é mais importante do que o povo.
Para que serve o Estado se não, apenas para administrar a riqueza do povo e não a própria, pois ele não é um sujeito e sim uma representação simbólica da sociedade.  A fortuna de um país tem que ser para todos. A distribuição de renda é fundamental. Quem tem que ser rico é o dono do Estado, o povo em geral, não apenas uma elite, minoria.

Por isso, Lula e Dilma incomodaram e continuam incomodando.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ORGULHOSAMENTE RENASCE A POLITICA ESTUDANTIL. AGORA BEM MAIS ARMADA DA INTERNET

Diante de tudo que estamos vivendo atualmente no Brasil depois do Golpe de Estado de 2016, a força estudantil é prioritária para derrubar esse governo ilegítimo. Nos anos 60 e 70, a história mostra o quanto valeu a garra dos secundaristas e universitários, todos coordenados pela UNE.
Os estudantes com muita raça deixaram os generais e os golpistas encurralados. Nossas armas eram panfletos, os discursos inflamados e a mobilização das grandes passeatas.

O importante era retomar o pais das mãos da direita selvagem que destruía o Brasil e restabelecer a democracia. Naquela época, não havia muita facilidade de comunicação. Poucos possuíam telefone em suas casas nem era possível sonhar com os benefícios das redes sociais.
Hoje com mais de 60 anos, lembro com orgulho a minha contribuição para derrubar a ditadura. Vale a pena contar. Talvez, essa leitura seja do interesse de muita gente.

MOTIVAÇÃO E IDEOLOGIA

No final do mês de outubro de 1967, acabávamos de tomar posse como a diretoria eleita do Grêmio Olavo Bilac, no Colégio Estadual Edgard Santos, quando a greve geral dos estudantes foi decretada pela UNE.  Era um desafio muito nítido ao governo.
Mobilizamos o colégio e conseguimos uma adesão de quase 100% do turno matutino e vespertino, o noturno era mais complicado. Muitos trabalhavam durante o dia.
Pela primeira vez a farda do Edgard Santos se misturava na grande passeata que partiu do Campo Grande em direção a Praça da Sé onde as grandes lideranças fariam discursos incendiários.
Estávamos excitados e ao mesmo tempo amedrontados. Um calafrio percorria nossos corpos a cada minuto. Naquele momento, havia na mente apenas o desejo de protestar, não sentíamos o perigo a nossa volta na dimensão real. Éramos extremamente corajosos, jovens e inconsequentes.
Fomos informados que devíamos seguir pelo corredor da Vitória até o restaurante Universitário, onde algumas lideranças se aglomeravam e juntos, protestariam contra o fechamento do restaurante estudantil. Seguimos aquela indicação como uma massa de pessoas que já nem pensa. Estávamos prontos para a batalha em qualquer lugar.
Nos discursos inflamados de algumas lideranças Universitárias, fomos informados da impossibilidade do grande final ser na Praça da Sé. Seguimos em frente. A polícia estava bloqueando a Rua da Ajuda e Rua Chile. O grande comício estava sendo transferido para o terminal da Barroquinha. A passeata foi iniciada com as palavras de ordem “Abaixo a Ditadura” e “O povo unido jamais será vencido”.
Foi emocionante. Boa parte das pessoas que encontrávamos pelo caminho, aplaudia demonstrando apoio. Alguns até se juntavam a nós e outros ficavam apenas olhando enquanto muitos se escondiam. Logo depois do Relógio de São Pedro, escutamos o ruído dos cascos de cavalos. Era a policia que se aproximava lentamente. Eles estavam chegando de maneira ameaçadora. Cavalgavam no sentido contrário.
O confronto estava muito próximo, mas inesperadamente, vários estudantes jogaram bolinhas de gude na rua e os cavalos começaram a cair derrubando os soldados.  Um deles ao levantar, atirou para o alto e outro mirou nos estudantes que rapidamente se jogaram no chão sobre o passeio ao lado do mosteiro de São Bento. Foi uma rajada rápida e por sorte apenas na direção da parede. Os farelos do reboco caíram sobre nossas cabeças.
Com o tempo, ficamos mais velhos e prudentes. Não acredito que numa situação como a que foi narrada anteriormente, eu fosse agir da mesma maneira impetuosa e sem planejamento como aos 14 anos. No entanto, admito que ainda arda em mim, uma lembrança da chama do guerrilheiro sonhador e completamente dedicado ao que acredita e tem como inegociável na sua conduta ideológica.
Por algum tempo, mantive meu envolvimento estudantil numa atividade que variava de acordo com as oportunidades. No entanto, ao que me parece, ser fiel a uma ideologia não é coisa muito fácil. Algumas vezes me sinto um completo “OTÁRIO”. Essa sensação não dura muito, me sinto apenas HONESTO. Onde estavam os incendiários lideres do movimento estudantil depois de alguns anos?
Não julguem, apenas entendam. Quase todos eles foram cuidar da própria vida. Por serem oriundos de famílias tradicionais ou abastadas, muitos se tornaram homens de negocio. Alguns se candidataram a cargos no legislativo e foram eleitos, logo depois eles foram se revelando. Passaram a defender tudo aquilo que antes rejeitavam nos seus discursos.
Existe uma explicação para essa reviravolta ideológica?
Acredito que tudo isso é possível ser entendido quando pensamos na maneira que eles surgiram como lideranças. O movimento na época era abandonado pelos partidos que não injetavam um conhecimento teórico para a juventude. Algumas dessas lideranças, na verdade, eram pessoas insufladas pela própria ditadura para agitarem as massas e em seguida assumirem o controle evitando desdobramentos indesejáveis e revolucionários.
Mesmo diante desse equivoco ideológico, não desmerecemos a importância inesperada que os discursos produziram. Muitos que apenas escutavam passaram a ter um motivo para se aprofundarem nos estudos teóricos e decidirem ideologicamente pelo socialismo. Isso não era um efeito que os militares acreditavam se tornar possível.
A militância estudantil nas escolas é bem diferente do que ocorre nas universidades, mais pura e trôpega. No entanto, ainda é uma fonte de águas límpidas onde se pode saciar a sede sem medo de contaminações. Manter essa fonte sempre limpa, embora oferecendo espaço para que muitos se aproximem dela, buscando corretamente o aprendizado. Devemos encarar essa oportunidade como a mais segura e verdadeira maneira de criar a liderança autentica e estimular a militância ideológica.
Lamento muito que os partidos de esquerda nem de direita, não tenham um olhar atencioso para esse lado, ela nem sempre é levada muito a serio.
Como surgem essas lideranças? O que eles almejam?
Quase sempre são crianças que nem imaginam por onde seguirão. Aparecem como se fossem sugados por uma força invisível da necessidade do momento. São envolvidas por grupos de amigos que geralmente também nem sabem ao certo onde estão entrando. Os motivos são inúmeros, por ser um jovem bonito que faz sucesso com as meninas, um pensador prudente que encontra soluções ou até mesmo por ser apenas amigo de todos.
Eles ainda não projetam sonhos, mas eles são mordidos pelo bicho chamado poder e alguns entendem logo o que isso significa. Poucos são os que prosseguem nessa jornada de maneira consciente e desejada. São assustados pelos mecanismos do medo, que seus familiares herdaram.
Lembro bem do escutei ao ser eleito para a diretoria do grêmio Olavo Bilac. Minha mãe muito seria se mostrou preocupada.
- Você não devia se meter com essas coisas! Pode ser preso!
- Tenho de lutar para ajudar a derrubar essa ditadura! - Respondi vaidoso.
- Política é coisa ruim, todo mundo é ladrão ou acaba muito mal! – Ela lamentou me prevenindo. – Lembre-se que seu tio foi um dos que acabaram mal!

Assim, quase todos os que se arriscam na militância, mesmo que seja apenas participativa durante um movimento especifico, ainda hoje, escutam a mesma coisa. O que fez com que as pessoas passassem a se esquivar ou temessem tanto o envolvimento político?

MEDO HISTÓRICO

Para nossa sorte, a elite dominante no Brasil não é criativa. Até hoje faz o mesmo jogo para intimidar pessoas comuns de se aproximarem do poder, de protestarem contra as imposições sociais e políticas  que só aos ricos e poderosos interessam. Eles querem o povo ignorante e fácil de iludir.
Existe um fato narrado sobre um jantar muito elegante num palacete em Petrópolis onde o Imperador Pedro II estava presente. Dizem que um barão ou qualquer coisa assim se aproximou e ao escutar Pedro falar com entusiasmo sobre os seus planos culturais se mostrou preocupado.
- Queira me perdoar por discordar desses projetos. São perigosos!
- Não acredito nisso! – Disse o Imperador. – Onde está o perigo?
- Se esse povo aprende a ler, fica sabendo mais do que precisa, logo, até vão acreditar que podem ser deputados ou até mesmo Imperadores.
- Talvez deputados! – disse Pedro II. – Não se descuide, mas, Imperadores..., jamais!
Pouco tempo depois dessa conversa, aconteceu o golpe militar que proclamou a republica. Basta lembrar que esse pensamento do tal conde ou barão, foi mantido e hoje o PT incomoda muito. Foi eleito um presidente vindo do povo.
Naquela época, como agora, o método era o mesmo. Isso ocorreu durante toda a existência da política brasileira. Eles mantinham ideologicamente a ignorância do povo. Faziam terror jornalístico em forma de boatos de falcatruas e algumas vezes deixavam passar para  publicação. Assim ganhavam duas vezes, destruíam opositores ou rivais e ainda de quebra, afastavam deles o povo que apenas sacudia a cabeça concordando com tudo que não entendiam.
A imprensa sempre esteve nas mãos da elite dominante embora nem sempre escrita por eles, por isso mesmo, o povo se iludia. Quando o jornal falava, a verdade estava ali consignada para sempre. Um desmentido, nem era notado já que a sua publicação não produzia efeito, sem alarde e sem um destaque com a mesma importância da denuncia.
O povo, com a sua honestidade latente, ficava indignado e torcia o nariz. Na outra ponta dessa honestidade havia o interesse pessoal e quase todo mundo queria se aproveitar dos políticos para tentar lamber um pouco dessa gosma nojenta e lucrativa que os enriquecia. Vendiam suas almas sem qualquer constrangimento.
“Todo mundo rouba!” diziam quando eram cobrados pelos que não concordavam com esse ato aproveitador ou não foram chamados para participarem.
Dessa maneira, ficava muito difícil ser honesto de verdade. Só por uma defesa ideológica, os chamados de “Otários” se mantinham longe dessa tentação. Mudou alguma coisa? O que acontece nos dias de hoje?

#FORATEMER!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

COMEÇOU: ESTUDANTES BRASILEIROS MOSTRAM SUA FORÇA POR TODO O PAÍS CONTRA PEC 241.

Revivendo as grandes manifestações por todo o Brasil da época que lutávamos contra a ditadura militar e a influencia do MEC dominado pelos EUA, que pretendia acabar com o ensino e nossas universidades publicas. Agora, a luta é semelhante, só que o inimigo é o governo golpista. O objetivo é o mesmo.

Durante a ditadura militar, a organização dos movimentos de resistência, coordenadas pela UNE, foi a maior dor de cabeça para os governantes que foram obrigados a recuar em quase todas as suas propostas devastadoras para a educação nacional. Estamos vivendo novamente uma situação parecida, embora seja visível que a disposição dos golpistas é bem mais agressiva.
A ditadura foi barrada pelos estudantes que não permitiram o avanço selvagem das forças inimigas. Graças ao movimento estudantil houve o permanente encorajamento das pessoas para se unirem no grito de “ABAIXO A DITADURA” pelas ruas das cidades.

A juventude brasileira está atenta e se mostrando disposta a lutar com muita coragem. As ocupações das universidades é no momento apenas um passo, outros estão por vir. Salve a brava juventude brasileira, consciente e inteligente. FORA TEMER!!!!

PARA ALGUNS BRASILEIROS, PENSAR É UM ATO DOLOROSO. SÃO ANALFABETOS POLÍTICOS.

SÃO OS QUE ODEIAM O PT E NÃO RECRIMINAM OS VERDADEIROS CORRUPTOS. LOUVAM CUNHA E SERGIO MORO.

Mesmo depois de tantas provas, muitos brasileiros ainda gritam seu ódio injustificado contra o PT e não interpretam o conteúdo das notícias. Eles estão ficando agressivos e sem argumentação, não conseguem formular mais do que um parágrafo com criticas que possuam coerência, eles apenas esbravejam e ofendem.

Por isso, o poema de Vladimir Maiakovski se torna tão atual. “O ANALFABETO POLÍTICO”. Para quem não o conhece e antes de demonstrarem ignorância, ele nasceu e escreveu o poema durante o império russo, mas viveu a revolução. Morreu pouco antes do comunismo se tornar o que é mostrado nos filmes americanos. Frequentemente é citado como um dos maiores poetas do século XX.
Não é por mero acaso que centenas de pessoas foram para as ruas vestindo camisas amarelas e se mostrando apaixonados por Cunha e Sergio Moro. Faz parte do bloqueio mental que muitos vão alegar em sua defesa, foram enganados pela rede Globo. Na verdade, foram enganados pelos próprios preconceitos e falta de informação. São pessoas que leem apenas os títulos das matérias e escutam tão somente as chamadas bombásticas da mídia manipuladora.
Não refletem nas consequências, não querem saber o que isso acarretará em prejuízo no futuro para eles ou seus filhos. Não pensam na sociedade como um todo. Vislumbram somente o mundo mesquinho que construiu a sua volta.
Agora, depois do golpe de estado, estão envergonhados e ao mesmo tempo sem saber como desfazer a lambança que ajudaram a promover. Mesmo silenciando, eles percebem que o governo golpista de Temer, reflete apenas os interesses da elite dominante, mesmo assim para poucos.
Em tão pouco tempo, a destruição será imensa e no futuro, outro governo do PT, terá de ser mais fechado em torno da esquerda, não haverá espaço para concessão. Só assim, o Brasil voltará a se desenvolver novamente. Para isso, não cabe mais a ninguém ser um analfabeto político. Que a dor das perdas desse momento lhes sirva de lição antes de seguirem as ordens dos noticiários manipulados.
Entenda primeiro o que está acontecendo em volta. Interprete os bastidores e não se entregue para ser decapitado por aqueles a quem deveria odiar de fato.