Como alguém honesto pode aceitar em silencio a nomeação do senador
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) para o Ministério das Relações Exterior sem
também apoiar a corrupção? Até parece que somos jumentos cavalgados pelos bandidos do poder.
Pois é! A rede Globo e demais emissoras de TV nos seus
telejornais apenas anunciaram a nomeação feita por Temer como algo normal. Não levantaram
escandalosamente a argumentação que este ladrão será o ministro que falará pelo Brasil
nos encontros comerciais e situações políticas internacionais. Tem algo fedendo
e todos já sentiram o cheiro da podridão, até aqueles que estragaram o nariz
com muito pó.
Quando me lembro dos patos amarelos infláveis em meio aos
que protestavam contra o PT e gritavam fora Dilma defendendo o Golpe de Estado,
não sei se gargalho ou me desfaço em prantos diante de tanta hipocrisia. A classe
média bateu panelas, vestiu camisas amarelinhas e dizia que se manifestava
contra a corrupção chamando Lula de ladrão.
Quanta indignação falsa desperdiçada com má fé e ignorância
política! Só não sabia quem eram os ladrões de fato poderia se enganar, mas
todos os amarelinhos, agora silenciosos, não conseguem disfarçar a sensação de
cumplicidade nos mesmos objetivos escusos dos golpistas no congresso. A
intenção era realmente o saque aos cofres públicos e manter a impunidade dos já
conhecidos corruptos.
Logo nos primeiros minutos de um governo ilegítimo, Temer
fez questão de afrontar a inteligência do povo, da classe média que por sua vez
não bateu panela nem inflou os seus patinhos amarelos ao ver anunciado o ministério
de governo. Estava clara a tomada do poder pelos verdadeiros corruptos, o
governo caiu diretamente no seio de uma quadrilha política.
Só para elucidar a personalidade obscura do senador Aloysio
Nunes Ferreira, fazemos questão de lembrar aos desavisados que ele é um dos políticos
do PSDB mais investigados por corrupção. Em setembro do ano passado, o Ministro
Celso de Mello determinou a abertura de inquérito contra o arrogante tucano. O inquérito
é movido por envolvimento em crime eleitoral de falsidade ideológica e lavagem
de dinheiro entre outras inúmeras citações nas famosas delações premiadas.
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