Durante toda a minha vida fui militante político de esquerda e sempre ostentei abertamente a minha escolha e soube fundamentar ideologicamente os princípios filosóficos e práticos. O que sempre me impressionou é que a direita não possui qualquer militância, só aqueles devidamente pagos, ou melhor dizendo, os seus assessores parlamentares e quem finge ser partidário apenas para obter lucros pessoais.
Existe uma semelhança entre o futebol e a militância política. No Brasil esta comparação se encaixa de maneira perfeita. Imagine um torcedor de um determinado time que troca de torcida por causa de um dos jogadores vai para outro por motivo de um contrato mais lucrativo. Na política de direita ocorre a mesma coisa, ninguém joga por amor ao time. O torcedor também troca de time?
Por falar nisso, alguém conhece um militante do PSDB, do PMDB, do DEM ou de qualquer outro partido golpista? É muito fácil se esconder no anonimato sem responsabilidade para depois criticar.
Existe uma semelhança entre o futebol e a militância política. No Brasil esta comparação se encaixa de maneira perfeita. Imagine um torcedor de um determinado time que troca de torcida por causa de um dos jogadores vai para outro por motivo de um contrato mais lucrativo. Na política de direita ocorre a mesma coisa, ninguém joga por amor ao time. O torcedor também troca de time?
Por falar nisso, alguém conhece um militante do PSDB, do PMDB, do DEM ou de qualquer outro partido golpista? É muito fácil se esconder no anonimato sem responsabilidade para depois criticar.
O que define os militantes de esquerda dos ditos da direita
está exatamente na questão ideológica. Como um torcedor de futebol as bandeiras
dos partidos políticos de esquerda são desfraldadas com orgulho enquanto na
direita, os militantes são empregados contratados sem qualquer vinculo político.
Durante o golpe de estado muitos dos supostos militantes de direita apareceram,
mas nenhum se identificava de com esse ou aquele partido. Muitos ostentavam de maneira
abstrata, sem orgulho, a sigla de qualquer partido que pagasse o pão com
mortadela.
Nesse momento, fazendo uma reflexão sobre a situação
decadente do Brasil depois do golpe de Estado, me surge algumas indagações que muitos
nem pensam imediatamente se não forem ideologicamente comprometidos:
Qual é a ideia de uma pessoa que fica indignado quando seu
time perde e não aplica pelo menos a mesma proporção de indignação quando seus
direitos são roubados? Se ele não tem emprego, não tem salário, como poderá
comprar o ingresso para ver seu time jogar? Será que não existe uma relação
direta?
Um torcedor de futebol fica durante horas assistindo as resenhas
esportivas que entrevistam jogadores que falam muito mal e sempre dizem a mesma
coisa, “Importante será a vitória e os três pontos no próximo jogo...” ou então,
“O professor quer mais empenho e não podemos abaixar a cabeça com essa derrota...”.
No entanto, esse mesmo torcedor é incapaz de permanecer por alguns
minutos diante de uma TV e assistir a uma entrevista seria ou debate sobre a
situação política do país. Ele acha tudo chato, mas será mesmo? O que é mais
chato do que uma resenha esportiva que não acrescenta nada na vida de quem assiste?
Pode até ser divertido, mas o conteúdo é inócuo.
Todos os brasileiros se acham conhecedores de futebol, no
entanto, na hora de escalar a seleção que vai fazer o jogo de suas vidas, ele
escolhe o que há de pior e esquece que a partida dura quatro anos. Quase todos
os deputados deveriam ser os goleadores e fazer a alegria da sua torcida, mas
na verdade chutam contra o próprio gol e o torcedor quase sempre vai para casa com
a certeza de ser derrotado. Eles votam contra os interesses de quem os elegeu
como estamos presenciando atualmente. Quem escalou o time nas urnas?
Lamentavelmente os jogos chamados de clássicos na política,
principalmente nas eleições, só aprecem com bandeiras e camisas dos torcedores
de um único time, o da esquerda. Os outros são torcedores de ultima hora, que
recebem bandeiras e camisas e nem sabem o nem o nome do time que naquele
instante representarão. Apenas sabem que estão contra e não escondem que ignoram
o motivo.
Seria emocionante que o eleitor fosse politicamente conduzido
nas questões ideológicas escolhendo o time e seus jogadores para manter a
dignidade da vitória. Agitassem suas bandeiras partidárias com orgulho,
vestissem a camisa com satisfação. Soubessem a estratégia de jogo e com isso, a
sua vida e a de seus filhos fosse mais feliz garantindo a certeza de sucesso no
campeonato.
Quem se define ideologicamente, aposta em um projeto para o
país. Essa é a diferença de um militante de esquerda para quem nem sabe a
origem do partido que votou ou segurou a bandeira nas ruas. Não existe projeto
de direita a não ser, lucrar mantendo a miséria até daqueles pobres que os
elegeram, enquanto, eles ricos, ficam mais ricos mesmo jogando muito mal.
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