A condenação sem provas e subsequente prisão de Lula, foi precisamente,
aquela gota d’água que faltava para transbordar a lama fétida represada no judiciário
brasileiro. O odor insuportável das “maracutáias” eclodiu e todas as farsas
emergiram desse mar imoral que se esconde sob as togas negras dos privilégios e
das hipocrisias jurídicas.
Todos estes espetáculos, medonhos e bizarros, nos vários
níveis dos três poderes constitucionais, que nós somos obrigados a financiar,
com o dinheiro dos nossos impostos, apontam para uma única solução imediata, a
liberdade de Lula que permanece detido no cárcere político de uma prisão
fascista.
A ideia que se configura popularmente como aquela que poderá
recuperar, ou pelo menos amenizar moralmente a credibilidade do Judiciário, tem
muito há ver com o sentimento de justiça do povo. O brasileiro pode ser
incoerente em diversos aspectos. Ao mesmo tempo em que se indigna com o governo
corrupto que elegeu, muitas vezes nem percebe que é vulnerável aos apelos da corrupção,
que só é pecado para outros, no entanto, não aceita condenação de inocentes.
O senso de justiça é uma questão cultural brasileira. Desta
maneira, o descrédito nos poderes que se aquartelaram no poder depois do Golpe
de Estado de 2016, que todos os dias de mãos dadas com a mídia e o judiciário,
os golpistas se uniram na lama. Uniram-se para provocar e desmerecer a inteligência
do povo. Insistem em mostrar sua arrogância e desprezo pelo eleitor.
Negar os direitos constitucionais para Lula, está se tornando uma ameaça grave ao que resta da nossa democracia. Nas manifestações de apoio para Lula, de maneira muito
evidente, a onda eleitoral popular perdeu a esperança nos juízes e com a sua
indignação, se prepara para votar elegendo Lula presidente de qualquer
maneira.
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