Diante do quadro proporcionado pelo Golpe de Estado, estamos
com o país sendo destruído pelas questões imorais que surgem todos os dias sem
o menor respeito ao povo brasileiro. Os poderes estão corrompidos. A falta de
legitimidade de todas as ações atuais na esfera federal se anuncia abertamente com
toda a fragilidade da nossa estrutura política, propicia para alimentar urubus e
hienas.
O desastre foi anunciado, se enganou quem é muito desprovido
de inteligência ou faz parte do sistema que rompe a fronteira moral. O governo
de Temer não iludiu, mostrou-se com a sua face verdadeira de inutilidade pública,
logo no primeiro dia ao anunciar um ministério corrupto, devidamente enquadrado
em denúncias graves e comprometido com interesses escusos.
A justiça por sua vez, mesmo com o foco partidário algumas
pessoas sonharam que havia possibilidades de recuperação num futuro próximo.
Acreditava-se que de alguma maneira os delatados do PSDB e do PMDB seriam
expostos para a sociedade, que ocorressem punições. O engano dos crentes se
desfez. Tudo será abafado e permanecerá apenas a perseguição insana e covarde
ao ex-presidente Lula.
Agora, com a indicação de Alexandre de Moraes para o STF, sendo
ele o revisor da Operação lava Jato, o copo de veneno transbordou. O PCC será
integrante definitivo no poder Judiciário. A impunidade do PSDB e do PMDB será
garantida. Não existe mais qualquer possibilidade de trégua. Será dessa maneira
que o Brasil deverá ser conduzido?
O que podemos fazer além de denunciar, protestar e buscar
manter a luta para trazer o Brasil de volta à nossa democracia? O povo precisa
discutir amplamente a situação inusitada provocada pelo Golpe de Estado. Passou da hora de deixar
de reclamar e agir, deixar de choramingar e invadir as ruas antes que se torne impossível
reverter o descalabro.
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