Quando as instituições entram pela porta da falência moral,
levam consigo para o fundo do poço tudo que está a sua volta. Ainda mais, se
elas já viviam respaldadas na arrogância e no desequilíbrio do poder da
impunidade. Esse quadro atual do nosso judiciário não espanta ninguém, sempre
se portou como quem acredita ser Deus, desde que ele foi criado demonstrou a
sua tendência ao favorecimento do capital e de serviço obscuro para a elite
prepotente.
Numa cena de farsa primária, Alexandre de Moraes foi
supostamente sabatinado já que tudo estava antecipadamente acertado para que
fosse aprovado pelos congressistas que apoiaram o golpe. As atuações dos
senadores como Aécio Neves, que beirou o auge do ridículo comprovou as
intenções no controle do STF. Lamentavelmente não somos capazes de escutar as
gargalhadas que ecoaram mundo afora.
De acordo com depoimentos dos empregados que prestam serviço
ao poder Judiciário, as perseguições políticas são preocupações constantes dos
que tomam posições de vanguarda em defesa real da justiça. Nenhum deles ousa
expor a verdade por medo, mas o fato é assustadoramente visível.
Assim contrariam os interesses das oligarquias. Existe a empáfia
sedimentada entre Juízes e seus assessores que ameaçam ate com a morte os que
se interpõem nos seus caminhos. Não existe justiça, ela é uma história de
ficção sem o mínimo respeito ao cidadão. Um Juiz, apanhado numa falcatrua
qualquer, ganha como punição, no máximo, uma aposentadoria precoce com um
salário maior do que na ativa.
Depois do Golpe de Estado, só não consegue enxergar a
podridão aqueles que preferem fingir que contemplam um horizonte inexistente. Foram
tantos os exemplos de hipocrisia para justificar as ações golpistas que proporcionou
vir à tona os segredos mais absurdos da política no interior do Judiciário.
O ápice dessa ópera judicial vergonhosa é a morte suspeita de
um ministro do STF com o provável intuito de acomodar os amiguinhos denunciados
na impunidade e manter falsas acusações contra os inimigos. No lugar do morto, alavancaram
um advogado medíocre de porta de cadeia, mas totalmente comprometido com o PSDB
e com uma facção criminosa denominada PCC que financia muitas campanhas
eleitorais.
Certamente que a lei deveria ser igualitária, mas isso seria
comunismo, seria o fim dos direitos das elites determinarem a vida dos pobres e
ignorados, do povo brasileiro que paga com o seu suor diário as mordomias dos
escolhidos para ostentarem suas togas negras. Uma auditória que revisasse
sentenças, pelo menos as dos últimos 30 anos, espantaria o mundo inteiro. Seria
exposta uma prova inconteste de parcialidade, de desonestidade galopante.
Basta observar quem são os impuníveis juízes que não se submetem
a qualquer fiscalização. Eles todos fazem parte de uma elite que acostumou a
intimidar com suas “carteiradas” e a famosa frase “Sabe com que está falando?”.
Assim eles passam para seus parentes um pedaço do poder, e não é raro que
filhos e netos os imitem nos atos de arruaças, intimidam policiais quando
cometem infrações criminosas repetindo o que escutaram.
Como acreditar nas sentenças de pessoas que se vendem para
obter influencia e algumas vezes ganhos financeiros, e assim desfrutarem de um
Brasil só para eles? A reforma no Judiciário se torna uma necessidade eminente para
que um dia possamos voltar a acreditar nas leis e na justiça.
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