O conceituado Conselho Internacional de Jornalismo (CIJ),
com sede na França, divulgou essa semana uma pesquisa que praticamente repetiu os
mesmos resultados equivalentes a 1956. O brasileiro que busca informações, não
lê o conteúdo das reportagens, dos artigos, e nem mesmo dos livros. Ficam
apenas nas manchetes, títulos, ou quando avançam, não terminam o primeiro parágrafo.
Na pesquisa atualizada a cada 10 anos, em 2016 a leitura virtual
foi incluída e o resultado se equivale. Com isso ficam comprovadas duas coisas
importantes, em primeiro lugar, o brasileiro é superficial e pouco seletivo
quando buscam informações. A outra é ainda mais assustadora, pois o leitor toma
como verdades tudo que a Mídia publica, sem fazer uma interpretação pessoal.
No item novo, a informação virtual, eles chegaram a conclusão
que esse percentual é ainda maior. Segundo eles, quase 86% dos internautas, apenas
curtem sem nem saber o conteúdo. Baseiam-se nas fotos e nos títulos, manchetes,
ou confiam em quem está publicando.
Ao observar essa pesquisa, é que ela conseguiu chegar muito
perto da nossa realidade, principalmente durante os momentos de maior crise política
que se instalou desde 2013 com a direita ativando um golpe de estado
orquestrado internacionalmente, que foi perpetrado em 2016.
Por outro lado, o CIJ, confirmou também o que todos nós já
sabemos, o jornalismo brasileiro está entre os piores do mundo, é tendencioso.
Ele é vulnerável ao domínio empresarial, sem compromisso com a verdadeira liberdade
de imprensa que possui duas faces. Se existe a liberdade de publicar, ela tem
que ser responsável e quando existe algum equívoco, abrir o mesmo espaço para
desculpas e a consequente manifestação do ofendido.
Um exemplo claro está nas acusações feitas nos noticiários ao
ex-presidente Lula, as noticias foram alardeadas como escândalos sem qualquer
comprovação. E mesmo depois de que não provarem nada, não produzem alardes proporcionais
para inocentar o cidadão. Lastimável. Sabemos que existem Jornalistas sérios e
comprometidos com a verdade, mas eles geralmente não são contratados pela mídia oficial para se corromperem.
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