sábado, 8 de agosto de 2020

FÁBULA REAL DA FAMÍLIA PULGA PRESIDENTE

Para uma leitura distraída no fim de semana.
Era um dia muito chuvoso em pleno outubro do inferno. Os carrapatos queriam encontrar um representante para dominar os humanos, mas eles terminavam sempre esmagados pelos chinelos ou só conseguiam os restos das muriçocas. Foi então que, uma pulga insignificante se ofereceu para fazer o trabalho sujo. Ela queria dominar a nação com a sua milícia familiar, e para isso, aceitou as ofertas, se uniu aos percevejos, carrapatos e aos invejosos e derrotados piolhos.

Para ser aceita, a pulga dissimulou a sua arrogância ignorante, fugiu de tudo e de todas as unhas. Se fingiu de vítima, defendeu eliminar humanos e voltar com a ditadura selvagem e cruel que um dia foi imposta pelos carrapatos. A pulga estava solitária com seus filhotes e rabugentos milicianos famintos por dinheiro. Mesmo depois, com o apoio dos prováveis e sinistros parceiros eleitorais que fingiam muito bem querer bem aos humanos, evitando que unhas hostis os esmagasse,continuava sendo uma pulga sem rumo e sem saber pular.

Não deu outra, eles mataram os humanos e ficaram logo sem ter como se alimentar e assim se agruparam nos pelos dos ratos que passavam pelo local. A Pulga estava eufórica, ela reinava sozinha pulando dos gatinhos para os cachorros e assim, continuava a encontrar humanos para se alimentar. Eles eram desprezíveis, pouco se diferenciavam dos ratos que transportavam pulgas sem cobrar passagem. Alguns que estavam perdidos e gostavam de fabricar defuntos, a coceira provocada pelas pulgas o despertavam para a miséria moral que gostavam de ter como vida.

Em pouco tempo, até mesmo os humanos indigestos começaram a catar a pulga e seus filhos com unhas sedentas por assassinatos imediatos. Ninguém suportava a coceira do corpo e para curar a possível doença, se banharam em inseticida e rapidamente ficaram curados. No entanto, o cérebro de todos, se desfez nestes condutores, talvez humanos, amantes de pulga, nunca mais se recuperaram.

A história é triste, maluca e talvez sem conexão com algo real, e quase não faz sentido. Assim é contada a fábula absurda e recente de um Brasil que elegeu uma pulga para governar um país imenso. Este continente de gente desgovernada, onde vivem carrapatos, muriçocas, e que também tem os humanos decentes, que estão sendo eliminados para satisfazer o desejo genocida da pulga e dos ratos de esgoto.

A esperança de retomada do corpo humano, está nas mãos dos guerreiros inteligentes, vestidos de vermelho, com estrelas brilhantes, que sobreviverem, e que tenham coragem de enfrentar a pulga com unhas afiadas e que também chutem os ratos piolhentos das nossas casas e ruas. A noite das estrelas pode ser também durante o dia, o sol é uma estrela enorme. Viva o céu estrelado. que deve e vai voltar.

Um comentário:

  1. Parabéns pela historia contada em forma de conto. Gostei muito pois me lembrou o realismo fantástico de um Tchecov...📚📖📚

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