Para ser aceita, a pulga dissimulou a sua arrogância ignorante, fugiu de tudo e de todas as unhas. Se
fingiu de vítima, defendeu eliminar humanos e voltar com a ditadura selvagem e cruel que um dia
foi imposta pelos carrapatos. A pulga estava solitária com seus filhotes e rabugentos milicianos famintos por dinheiro. Mesmo depois, com o apoio dos prováveis
e sinistros parceiros eleitorais que fingiam muito bem querer bem aos humanos,
evitando que unhas hostis os esmagasse,continuava sendo uma pulga sem rumo e sem saber pular.
Não deu outra, eles mataram os humanos e ficaram logo sem ter
como se alimentar e assim se agruparam nos pelos dos ratos que passavam pelo
local. A Pulga estava eufórica, ela reinava sozinha pulando dos gatinhos para
os cachorros e assim, continuava a encontrar humanos para se alimentar. Eles
eram desprezíveis, pouco se diferenciavam dos ratos que transportavam pulgas
sem cobrar passagem. Alguns que estavam perdidos e gostavam de fabricar defuntos,
a coceira provocada pelas pulgas o despertavam para a miséria moral que
gostavam de ter como vida.
Em pouco tempo, até mesmo os humanos indigestos começaram a
catar a pulga e seus filhos com unhas sedentas por assassinatos imediatos. Ninguém
suportava a coceira do corpo e para curar a possível doença, se banharam em inseticida
e rapidamente ficaram curados. No entanto, o cérebro de todos, se desfez nestes
condutores, talvez humanos, amantes de pulga, nunca mais se recuperaram.
A história é triste, maluca e talvez sem conexão com algo
real, e quase não faz sentido. Assim é contada a fábula absurda e recente de um
Brasil que elegeu uma pulga para governar um país imenso. Este continente de
gente desgovernada, onde vivem carrapatos, muriçocas, e que também tem os
humanos decentes, que estão sendo eliminados para satisfazer o desejo genocida
da pulga e dos ratos de esgoto.
A esperança de retomada do corpo humano, está nas mãos dos guerreiros inteligentes, vestidos de vermelho, com estrelas brilhantes, que sobreviverem, e que tenham coragem de enfrentar a pulga com unhas afiadas e que também chutem os ratos piolhentos das nossas casas e ruas. A noite das estrelas pode ser também durante o dia, o sol é uma estrela enorme. Viva o céu estrelado. que deve e vai voltar.
Parabéns pela historia contada em forma de conto. Gostei muito pois me lembrou o realismo fantástico de um Tchecov...📚📖📚
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