A declaração contra o aborto, mostra de maneira muito clara
que não existe uma preocupação como as necessidades da mulher quanto ao direito
humano de decidir sobre o que deve acontecer com o próprio corpo. Os países que
defendem uma oposição violenta contra abortos, na verdade são aqueles onde as
mulheres são castradas do prazer, são violentadas todos os dias e tratadas como
animais de prazer masculino.
O fascismo, se apresenta para impedir a igualdade das
pessoas, ao manifesto direito da vida como deseja, como lhe cabe de acordo a
sua escolha. Ter um filho, desejado tudo bem, no entanto, nem sempre acontece
assim, existe o estupro, existe a questão econômica e existe o bom senso, sem
falar que família atual, não é nada do que foi até os anos 50, e no século XIX.
Tempo das cruzadas, da perversão masculina, escondida e aceita como normal por
uma cruel Inquisição religiosa, que foi chamada de “Santa”.
O pressuposto de defender a família na verdade é uma grande
farsa, pois não contrabalançam com um sistema de saúde integral para todos e
uma política de educação que não seja discriminatória, não garante emprego e marginaliza
quem é pobre e favoreça quem é rico. Uma mulher rica, pode fazer um aborto, já
uma mulher pobre não terá nem o direito de decidir. Ela terá de suportar o
fruto de um crime? Sustentar um filho que nunca desejou, que a fará lembrar dos
criminosos todos os dias? Digam isso para Damares, digam isso para os infelizes
brasileiros que defendem a subjugação da mulher.
A nossa constituição é frágil, nova e precária, no entanto,
junto ao que se pretende fazer sem consultar o povo, é mais um golpe, é uma
maneira de roubar direitos, de impedir o avanço social e a distribuição
igualitária de renda. É prestigiar a ignorância, é tentar subordinar toda a
população aos preceitos religiosos injustos, retrógrados e já ineficientes, sem
explicação lógica no mundo moderno.
Falar dos estupros, principalmente os das mulheres, a consequência deve ser levada em conta e não apenas verbalizar ideias conservadoras e repletas de maldade, que estão nas imagens que são mostradas todos os dias em vídeos na internet em todo o mundo, não fazem parte de uma fé cristã. Fazem parte de pensamentos de uma época muito antiga onde as mulheres eram tratadas como lixo, queimadas como bruxas e serviam como complemento ao prazer masculino.
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