NEM PATRÃO TEM CONSIDERAÇÃO POR QUEM FURA GREVE
O movimento sindical separado por categorias é um conjunto
de micros sistemas políticos que envolvem uma grande parcela da população. Na proporção
em que todos se unem numa central, a exemplo da CUT, a força de negociação e de
combate se torna descomunal, supera o macro sistema político chamado de
congresso e governo. O povo está inserido na massa geral de trabalhadores e são
também eleitores.
Diante da possibilidade de uma greve geral no dia 28 de
abril, precisamos refletir o movimento sindical de antes e depois dos governos
do PSDB (FHC). A construção e organização dessa greve, por parte da CUT e dos sindicatos,
prevista para o dia 28 de abril, deverá impecável quanto ao planejamento. Agregar
informações precisas nas divulgações e discutir diretamente com o trabalhador
sobre o que eles querem garantir como direitos.
Acabou o tempo das lutas sindicais puramente economicista. Agora
a motivação deverá ser política como acontece nos países mais desenvolvidos do
mundo. Menos nos Estados Unidos da América (EUA) onde ocorreu o massacre dos
trabalhadores no dia 1º de maio, que por sinal eles não comemoram.
As pontas não podem ficar soltas como na ultima convocação.
Os detalhes devem ser divulgados com antecedência pelos partidos de esquerda e
pela CUT.
REORGANIZAÇÃO DA LUTA SINDICAL
Para destruir a força que se agigantava no Brasil com o
fortalecimento da Central Única dos trabalhadores, o De Fernando Collor aplicou
a mesma metodologia da ditadura militar para destruir a força do movimento
estudantil. A ideia é fragmentar o poder, criar falsas lideranças patrocinadas
por eles e investiram na criação de Centrais alternativas comandadas por falsos
sindicalistas. Citamos o exemplo da CGT e da Força Sindical.
Dessa maneira, apoiados pela mídia manipuladora, o governo
introduziu vozes no sindicalismo que não possuíam histórico de luta, eram na
verdade vassalos da direita, um rascunho do que estamos vendo atualmente. O que
mais tarde, nos Governos de FHC (PSDB) moldou a seu gosto uma forma definitiva
de fragmentação. Fazendo negociações paralelas com as supostas centrais governistas,
para ser vir de propaganda na mídia e enganar o trabalhador, visando o fazer de
conta de um apoio sindical mentiroso.
Ao longo de mais de 20 anos, a experiência absorvida pela participação
atuante no movimento sindical, demonstrou que de nada adianta ao trabalhador
ter medo e furar greve Na hora do arrocho, eles normalmente são os primeiros a
serem demitidos. São considerados covardes e incompetentes pouco confiáveis pelos
dois lados.
Muito embora alguns desses trabalhadores que foram
adestrados pelos patrões encontrem milhões de justificativas para traírem os
seus companheiros de trabalho, geralmente são os que mais criticam os
sindicatos, reclamam da mobilização e dos resultados das negociações. Acham-se
patrões indiretos ou querem se aproveitar do risco que outros estão correndo,
querem ganhar com o esforço de quem estão traindo.
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