Diante de muitas solicitações, estamos publicando novamente este artigo.
Para entender e interpretar corretamente o presente, precisamos conhecer a história, o passado.
Ao publicar no dia 28 de dezembro de 2016 o artigo intitulado ”O GOLPE DE ESTADO SACRAMENTA A NOSSA ORIGEM DE DEGREDADOS E DE MENTIRAS”, não fazia a menor ideia do interesse de tantas pessoas pelo assunto. Ainda mais por ser um período festivo onde poucos acessam a internet com curiosidade por temas políticos, ainda mais em busca de conteúdo histórico.
Fui surpreendido com quase 30 mil acessos em menos
de 24 horas e com 2.472 criticas bem pertinentes feitas diretamente no meu Blog
“Estrela de Fogo”. Quase todos diziam de maneira diferente a mesma coisa,
estavam carentes de informações e cobravam a continuidade do artigo, o qual
realmente não foi publicado na integra por ser demasiadamente extenso.
Diante da expectativa dos meus leitores, me sinto na obrigação
de atender ao solicitado. Percebo nessa cobrança um grande abraço aos fatos
históricos, que poucos conhecem, da verdade que ninguém ousa contar e que
interferem diretamente na nossa vida atual, são as nossas origens que fazem a
diferença que possibilita entender algumas coisas bem relevantes no
comportamento de nosso povo.
Uma dessas relevâncias pode ser verificada no fato do povo
brasileiro não ter desenvolvido o sentimento de Pátria, não ter orgulho do país
onde nasceu e por isso vive desejando, invejando outras nações que são
propagandeadas, idolatradas no cinema e pela televisão local. Lamentavelmente,
antes do Golpe de 2016, esse orgulho nacional estava crescendo, até nossa
bandeira e hino nacional fazia prosperar a alegria de ser brasileiro.
Agora, tudo parece ter desaparecido de uma hora para outra.
Só a história explicará de verdade o que causou esse retrocesso absurdo. Muito
embora todos já sabem a origem da nova baixa estima.
Caberá ao povo brasileiro assumir o protagonismo da
história, ser o herói, protestar e lutar por sua pátria ou então, se submeter
ao continuísmo de uma mentira imposta pela elite desde o suposto e fantasioso
ano de 1500. Se nós queremos um Brasil de verdade, não podemos aceitar o
retrocesso político de governos nascidos de golpes.
Não é por acaso que o governo de Temer quer jogar a História
para fora de campo. Assim, eles apagam os rastros tenebrosos da elite que
sempre explorou o povo, que nunca respeitou regras que eles criaram com o
propósito em conter, subjugar os que ignoram os seus crimes e continuarem
impunes.
HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONTOU
A verdadeira historia do Brasil foi criminosamente incinerada
por Salazar durante as suas décadas de uma ditadura infernal em Portugal, que
só chegou ao fim com a “Revolução dos Cravos”. Chegou tardiamente. Para nós
BRASILEIROS o prejuízo documental já estava consumado. É claro que ainda existem
documentos nos arquivos do Vaticano, mas eles infelizmente não são para acesso público.
Vale lembrar que o calendário dessa época não havia 12 meses,
eram apenas 10, o calendário Juno oriundo ainda do império romano. O calendário
que conhecemos atualmente, denominado Gregoriano, foi promulgado pelo Papa
Gregório XIII, foi produzido pelo Vaticano e só entrou em vigor no ano 1582, depois de promulgado por Gregório, mesmo assim sofreu alterações bem recentes, por volta de 1882, 100 anos depois. Tudo é muito nebuloso, não havia Internet nessa época.
No auge da pirataria marítima, por volta dos anos de 1312,
alguns portos improvisados na hoje denominada América, mais precisamente no
Caribe e no Brasil, ainda por serem “descobertos”, se estabeleceram como sede dos
piratas e ladrões de todos os tipos. Eles estavam construindo os seus refúgios,
uma sociedade independente das coroas e das nacionalidades.
Em poucos anos, a costa brasileira e a do caribe, foram
sendo habitadas por esses homens que se arriscavam no mar, roubavam dos
armadores portugueses e espanhóis. Na época, os maiores navegadores, as maiores
armadas e quem dominava o mundo do comércio marítimo.
Surgiram cidades e por volta de 1368, já havia um grande
comercio clandestino das mercadorias saqueadas. Para atender aos interesses do
poder econômico vigente, Portugal e Espanha se uniram e dividiram os alvos dos
seus ataques. As tentativas para destruir os piratas foram muitas e quase todas
desastrosas. Isso devido ao longo percurso dos navios de guerra para atravessar
os mares sem pontos de apoio.
Quem obteve o primeiro sucesso nessa luta em prol dos
interesses da elite economicamente dominante dos burgueses, foi a armada espanhola,
que destruiu o principal porto pirata nas Antilhas. Sob o comando de Cristovão
Colombo que por sorte encontrou ali ancorados no momento do ataque, apenas
navios pequenos sem grande poder de fogo.
A incompetência portuguesa foi evidente, mesmo sem o
principal porto de apoio, os piratas que estavam nas costas brasileiras
resistiram por muito tempo. Foram
derrotados pelo poder econômico mais uma vez. Portugal, considerada a maior
frota marítima do mundo, não veio com apenas três caravelas, era uma frota
muito grande e poderosa.
Assim o Brasil foi descoberto.
No primeiro momento, aceitando a hipótese do ano ser 1500,
nada aconteceu de prático, de grande ocupação ou mesmo a fundação de um posto
mercantil. Eles queriam apenas destruir as rotas piratas que mapeavam já na
época quase o mundo inteiro. Portugal preferia investir na sua colônia em
Macau, na China.
Só para ilustrar, podemos fazer uma comparação com o que a
Espanha fazia no Caribe e o que Portugal pretendia aqui no Brasil. Os armadores
espanhóis contrataram Cristovão Colombo, um navegante comerciante, que já
lidava com o comercio Pirata. Já Pedro Alvares Cabral, era um fidalgo falido
que devia muito dinheiro para a coroa portuguesa e precisava colocar suas
fichas numa aposta decisiva.
Sem alternativa, Cabral armou os seus navios mercantes em
troca do perdão das suas dividas. Fez então, acertos com outros pequenos
armadores em troca do ouro que havia no porto na barra da Coroa Vermelha. Um
posto mercantil de abastecimento e negócios rápidos. Nada disso poderia chegar
ao conhecimento dos nobres governantes.
Tudo foi feito em surdina, numa parceria com os Jesuítas que
financiaram grande parte da expedição. O ouro era o objeto a ser conquistado.
Tanto assim, que Cabral não demorou muito por aqui. Ao voltar para Portugal,
deixou um navio e vários mercenários contratados pelos religiosos, os outros
estavam carregados de riquezas, ouro, prata e muita madeira. Apenas um foi
apresentado para a coroa portuguesa.
Os piratas rompiam o cerco frágil português já que o
principal porto continuava intacto, era o Porto da Barra, na época denominado,
de Porto da Ilha, pois era muito bem protegido com vigilância constante no alto
dos morros e pela ilha de Itaparica.
A igreja estava sendo prejudicada no seu comercio com essa
rota sendo constantemente assediada pelos piratas. Depois de contratar alguns
mercenários que atuavam na pirataria, entregaram o comando para um militar
muito astuto e experiente chamado Thomé de Souza.
O porto da Ilha precisava se transformar numa cidade de domínio português, era apenas uma vila com pouco mais de mil habitantes fixos, seria a
capital da Colônia. Para isso teriam de eliminar, dizimar os piratas que resistissem. Com o forte
poderio militar, Thomé de Souza conquistou o porto com apenas um tiro de canhão. Enfileirou os seus navios e mandou dois padres negociarem com os piratas.
Deu certo a estratégia, os Jesuítas eram bons negociadores e prometeram plena liberdade e parte no comercio para os piratas além de velejarem com a bandeira de Portugal. A negociata estava feita e a coroa portuguesa nem sabia o que realmente acontecia. A vila pequena entrou em ritmo de obra e os comerciantes da Europa riam fácil. Ganharam muito dinheiro com essa construção de uma cidade sobre um mundo que nascia na base da propina e dos acordos escusos.
Thomé de Souza, aconselhado pela igreja já trouxera muitos degradados e alguns pedreiros livres. Fundou, ou melhor dizendo, fingiu, e deu inicio a construção da cidade de São Salvador, ele foi o primeiro governador dessa nova colônia. Ele roubou mas fez, dando inicio ao pressuposto indigno da politica brasileira.
Deu certo a estratégia, os Jesuítas eram bons negociadores e prometeram plena liberdade e parte no comercio para os piratas além de velejarem com a bandeira de Portugal. A negociata estava feita e a coroa portuguesa nem sabia o que realmente acontecia. A vila pequena entrou em ritmo de obra e os comerciantes da Europa riam fácil. Ganharam muito dinheiro com essa construção de uma cidade sobre um mundo que nascia na base da propina e dos acordos escusos.
Thomé de Souza, aconselhado pela igreja já trouxera muitos degradados e alguns pedreiros livres. Fundou, ou melhor dizendo, fingiu, e deu inicio a construção da cidade de São Salvador, ele foi o primeiro governador dessa nova colônia. Ele roubou mas fez, dando inicio ao pressuposto indigno da politica brasileira.
Logo alguns comerciantes falidos e nobres em dificuldades na
Europa, mudaram, relutantes, rapidamente de endereço para fugir dos credores e
ameaçados pela igreja de excomunhão. Ansiosos para retornarem ao conforto da
corte, foram enviados para ocupar a terra que até aquele momento era livre,
pertencia apenas aos piratas e aos índios.
A colônia chamada Brasil era muito promissora. Assim, o
Brasil nasceu de verdade na base da propina para garantir a colaboração dos
nobres, da compra do silencio da corte portuguesa que queria apenas as riquezas para sustentar os seus luxos. Pouco se importavam com a miséria do povo aqui desterrado.
Nada mudou! A não ser a forte contribuição positiva das redes sociais que permite ao leitor ter uma visualização real dos acontecimentos. A história contada por todos, não apenas por aqueles que dominam a comunicação. Agora, todas as mentiras foram escancaradas, não existe mais espaço para manipulações permanentes. Imaginem se em 1500 tudo fosse fotografado e as noticias circulassem ao vivo?
Nada mudou! A não ser a forte contribuição positiva das redes sociais que permite ao leitor ter uma visualização real dos acontecimentos. A história contada por todos, não apenas por aqueles que dominam a comunicação. Agora, todas as mentiras foram escancaradas, não existe mais espaço para manipulações permanentes. Imaginem se em 1500 tudo fosse fotografado e as noticias circulassem ao vivo?
Fonte de pesquisa: Aliomar Luz Filho,
pesquisador baiano que morreu durante o regime de ditadura Militar de 1964. Nem
é reconhecido como desaparecido. – Padre Fernando Gonzaga, Historiador que
abandonou a batina quando trabalhava no arquivo do Vaticano em Roma no final
dos anos 50.