O CONVID-19 ampliou a visão, real, social do povo
brasileiro. Mesmo sem pensar muito, qualquer brasileiro que possui empatia, que
não acredita n os genocídios, que não se encaixa no perfil de torturador, está
sofrendo ao ver as imagens dos noticiários. Os 600 reais, podem significar o
limite de sobrevivência da maioria de pessoas, numa população invisível para
nos burgueses.

Hoje, fiquei emocionado, me sentindo privilegiado pela minha
vida saudável e burguesa, ao mesmo tempo, em que as lagrimas caíram dos meus olhos
ao ver que sou parte de uma elite, de uma parte da população que não sabe o que
é sofrer. Na minha arrogância vital, pouco ou nada faço para ajudar os que
precisam.
Deu agonia ver que um homem de 58 anos, estava tão
envelhecido que poderia ser meu pai, mesmo que eu seja um homem de 68 anos. Na vida dura e nas privações de agonia diária para
comer e pagar suas poucas dividas, faz do ser humano um alvo perfeito para a
degradação social e física. Eles ficam velhos, as rugas marcas suas faces e
seus corpos adoecem.
Agora, eu entendo o motivo dessas pessoas se aglomerarem, se
arriscarem para receber os benefícios. Claro que aparecem aqueles intrujões,
picaretas que se aproveitam da situação, no entanto, o julgamento não cabe a
quem atende, não cabe a ninguém fora do sistema. Antes de mais nada, a comida e
o dinheiro terá de chegar nas mãos de quem precisa, sem humilhação e sem muita burocracia.
Será este o Brasil que merecemos? Precisamos da ironia e de
armas? Precisamos acabar com a segurança das conquistas dos trabalhadores? Precisamos
de outra ditadura? Precisamos mesmo, é de uma eleição nova, sem o ódio contra o PT, sem a inveja e as mentiras contra LULA.
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